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Mestre Único |
Antes de integrar-se através de Sua associação com o mundo
físico, Deus unifica também as Sefirot. Assim diz Elias em sua oração em
relação ás Sefirot: “Tua as liga, Tua as unifica”.
Quando as Dez Sefirot são representadas como as dez
direções, o físico pode ser tomado como o ponto zero do qual todas elas emanam.
Deus, por assim dizer, teria seu paralelo no ponto para o infinito onde todas
elas convergem.
É óbvio que Deus não tem qualquer representação, mas isto é o mais próximo que a mente humana pode imaginar como uma representação. Contemplando o ponto para o infinito, alguém pode aproximar-se de uma concepção do Ser Infinito.
É óbvio que Deus não tem qualquer representação, mas isto é o mais próximo que a mente humana pode imaginar como uma representação. Contemplando o ponto para o infinito, alguém pode aproximar-se de uma concepção do Ser Infinito.
Este ponto para o infinito é infinitamente grande e
infinitamente pequeno. Não tem um lugar definido nos contínuos de espaço, tempo
ou espírito. Não tem forma nem contorno, mas ao mesmo tempo esta definido como
um ponto único, unitário e indiferenciado. Tudo isso é também verdadeiro com
relação a Deus. É óbvio: Deus é muito mais que tudo isso.
Ao descrever Deus neste lugar, o Sêfer Ietsirá não diz que
Ele é um (Echad), mas que Ele é único (Yachid). Isso afirma que Deus é tão
absolutamente único que não existe qualidade alguma que possa ser atribuída a
Ele. Tal como os filósofos afirmam, não se pode descrever Deus com nenhuma
qualidade nem adjetivo, mas só com atributos negativos ou de ação. Embora não
possamos dizer que Deus é, pelo uso de atributos negativos nós não podemos
dizer o que Ele não é. Do mesmo modo, com atributos de ação, nós podemos falar
o que Deus faz.
Isso implica também que Deus é absolutamente simples. No domínio
que existia antes da criação não havia senão outro Deus. Como mencionado
anteriormente, até mesmo conceito simples como Causa e Efeito tiveram que ser
criados. O mesmo é verdadeiro a respeito do número.
Se o conceito de “unidade” existisse em Deus, isto
implicaria que o conceito de número existiria em Sua essência. Isto, por si só,
introduziria um elemento de pluralidade. Alguém poderia então falar de Deus e
Sua “unidade”, ou seja, Sua associação com o número um. Deus e sua unidade
seriam então dois conceitos.
A palavra Echad denota uma associação com o número um.
Yachid, por outro lado, é um atributo negativo que indica a ausência de qualquer
tipo de pluralidade.
Ele não
tem segundo
A expressão se apóia no versículo: “Há um. Ele não tem
segundo. Não tem filho nem irmão.” (Eclesiastes 4:8).
Antes
do um o que conta?
Como pode alguém contar antes do conceito de “um” vir à
existência?
Como o Sêfer Ietsirá estabelece depois, o “um” corresponde a
Kéter, a primeira Sefirá (1:9). Como discutimos anteriormente (1:1), o conceito
de um número não veio a existência até a Criação das Sefirot, que foram os
primeiros elementos de numeração e pluralidade na Criação. O conceito de “um”
não veio à existência até que a Sefirá Kéter fosse criada. Deus, o Ser
Infinito, existia antes que Kéter viesse à existência.
Que a Eterna Luz da Sabedoria Cósmica nos Ilumine Sempre!
Que a Eterna Luz da Sabedoria Cósmica nos Ilumine Sempre!