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domingo, 31 de julho de 2011

É Preciso Sonhar para Viver


Sonhar é necessário;  neste texto de nossa irmã Silvia, teremos um pouco mais de consciência do Sonhos...





Sonhos


Cada vez mais a interpretação e compreensão da importância dos sonhos, adquire relevante papel na vida humana. Neles residem a comprovação da nossa vida psíquica e através dos sonhos nos reciclamos. Se o oxigênio é fundamental para viver, sonhar enquanto dormimos também é. Tanto que poderíamos morrer se não fôssemos capazes de sonhar. Os sonhos são tão necessários ao equilíbrio biológico e mental como o sono. Alternando relaxamento e tensão psíquica, ele cumpre uma função vital. O sonho é um dos melhores agentes de informação sobre o estado psíquico de quem sonha. Fornecem através de símbolos vivos, um quadro da situação existencial presente da pessoa. Os sonhos representam, para quem sonha, imagens geralmente insuspeitadas da própria pessoa. Revela como está o EU da pessoa.
O que torna muito complicada a interpretação dos sonhos é que a nossa mente dissimula as imagens do próprio indivíduo, substituindo-os por símbolos. Uma coisa importante é saber que, os símbolos são aqueles que nós mesmos construímos ou usamos com significados próprios e particulares. Por exemplo, se um dia, ao levar uma surra da mãe, na mente da criança, sob o impacto da emoção a impressão foi de uma mãe ursa ficando em pé sobre as patas traseiras, esta figura pode transformar-se, para aquela criança, num símbolo de agressividade que, um dia poderá surgir nos seus sonhos. Talvez, o papel mais importante dos sonhos, seja o de estabelecer no psiquismo de uma pessoa, uma espécie de equilíbrio compensador. Nos sonhos, elas são ainda mais emocionais, pois os SONHOS são um agente de concentração de nossos vários motivos subjetivos, ou profundamente íntimos e particulares. Além disso, enquanto dormimos e sonhamos, os nossos alertas mentais, o que chamamos de censuras internas, estão relaxadas e daí a nossa mente inconsciente pode deixar emergir as imagens que ajudam a expressar as experiências emocionais que vivemos quando estamos acordados. Assim, criamos nos nossos sonhos, um mundo em que o espaço e o tempo não possuem poderes restritivos e muito menos precisam ficar limitados às imagens convencionais para representá-los. 
Desta forma, ao contar uma história podemos não usar uma figura simbólica por achá-la inadequada ou imprópria, enquanto que, nos sonho tal imagem pode aparecer sem restrição nenhuma, porque inconscientemente é a tal imagem que melhor representa o nosso sentimento. Segundo recentes pesquisas um ser humano de 60 anos teria passado, no mínimo, 5 anos de sua vida sonhando. Estudos científicos revelam que temos um mínimo de 3 sonhos por noite, mas pode-se ter até nove. Já ficou estabelecido que os surdos e os cegos sonham, que crianças sonham desde os oito meses, e que as pessoas de baixo QI sonham tanto quanto as de QI muito alto. Fazendo um espécie de “mix” das várias definições sobre os sonhos, podemos dizer que eles são expressões ou representações, espontâneas e simbólicas de como anda a nossa vida inconsciente, onde guardamos as emoções vividas e os desejos que nem sempre podemos realizar, sejam por que não conseguimos ou por que fomos impedidos. Os sonhos sempre ocuparam lugar de destaque na vida emocional e mental dos povos.

No Egito Antigo atribuía-se aos sonhos um valor sobretudo premonitório: os deuses criaram os sonhos para indicar o caminho aos homens, quando esses não podiam ver o futuro. Precisavam interpretar com acerto os sonhos para entenderem as indicações dos deuses. Para os Negritos das Ilhas Andamã, os sonhos são produzidos pela alma, que é considerada como a parte maléfica do ser. Sai pelo nariz e realiza fora do corpo as proezas de que o homem toma consciência em sonhos. Para os Indios da América do Norte, os sonhos estão na origem das liturgias, estabelecem a escolha dos sacerdotes e conferem a qualidade de xamã. É deles que provêm a ciência médica, o nome que se dará às crianças, e os tabus; eles ordenam as guerras, as caçadas, as condenações à morte e a ajuda a ser ministrada; Para os Bantus do Kasai (bacia Congolesa) certos sonhos são produzidos pelas almas que se separam do corpo durante o sono e vão conversar com as almas dos mortos. Esses sonhos têm caráter premonitório referente à pessoa, ou então podem consistir em verdadeiras mensagens dos mortos aos vivos, que interessam à toda comunidade.
Se você é daquelas pessoas que não se lembra dos seus sonhos, é uma pena, porque você está sendo privado de informações importantes a seu próprio respeito. Se você se lembra com facilidade e gosta de falar de sonhos, você tem nas mãos uma ótima fonte de dados a respeito da sua vida inconsciente, e pode ser sinal de que você, como pessoa, possui um canal aberto com o seu psiquismo. Isso pode ajudar a aprimorar e implementar o seu auto-conhecimento. (Enéas Martim Canhadas)


texto adaptado pela irmã Silvia Lobo,
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