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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Sua Medida é Dez, que não tem fim...


O Sêfer Ietsirá não diz “seu número é dez”, mas sim “sua medida é dez”. O que este diz é que as Sefirot definem um continuum de dez direções ou cinco dimensões.

Cada direção se diz infinita e sem fim. De fato, ao dizer que não tem fim, o Sêfer Ietsirá usa a palavra “Em (la-hem) Sof”. Este é o termo usual para Deus, o Ser Infinito. As direções se estendem sem limites e, neste sentido, as Sefirot compartilham uma propriedade com o ser Infinito.

Dá-se aqui ao iniciado uma alegoria mediante a qual ele/ela pode perceber seu caminho para o Ser Infinito. A alegoria consiste em quaisquer das direções. Assim, por exemplo, “acima” não tem fim. Pode-se continuar viajando em uma direção vertical, mas nunca chega de fato ao “acima”. O mesmo é certo quando se viaja para “cima” espiritualmente.




Homem e Uni-Verso

A Profundidade do Princípio

O Sêfer Ietsirá não fala de direções, mas sim de profundidade. Em geral o conceito de profundidade indica algo a uma grande distância, como quando se olha para baixo, em um poço muito fundo, contemplando suas “profundidades”. Esta profundidade, portanto, denota grande distância, tanto física quanto mental. Assim sendo, diz-se também que uma idéia de difícil entendimento, que está muito afastada de nossa compreensão, é profunda.

Há muitos exemplos disso na Escritura. Assim encontramos: “Para a altura dos céus, para a profundidade da terra e para o coração dos reis não há investigação”(Provérbios 25:3). Também diz Cohelet em relação a Sabedoria: “Ela é profunda, profunda, quem a achará?”(Eclesiastes 7:24). 

Em particular a palavra “Profundidade” é empregada em relação ao Divino, como por exemplo: “Quão grandes são Tuas Obras, ó Deus; Teus pensamentos são muito Profundos!” (Salmos 92:6). Estas dez Profundidades, por conseguinte, representam as dez direções estendidas do infinito.

Esta escrito: “O conselho no coração do Homem é como água profunda, mas um Homem de entendimento o extrairá”(Provérbios 20:5). Ainda que a profundidade destas direções seja infinita, pode ser descrita mentalmente. A primeira técnica envolve pensamento Verbal, através de ser “um Homem de entendimento”. Gradualmente, então, alguém pode também aprender a descrever essas profundidades infinitas não-verbalmente.

O primeiro exercício é experimentar  descrever  a “profundidade do Princípio”. Tente imaginar uma infinitude de tempo no passado. Deixe sua mente retornar um minuto atrás, uma hora atrás, um dia atrás, uma ano atrás, continuando assim até alcançar um nível onde você experimenta imaginar “um infinito atrás”. Então faça o mesmo em relação ao futuro.

O próximo exercício consiste em tentar imaginar o bem infinito e o mal infinito. Os limites serão idéias  puras, que não podem ser verbalizadas.

Finalmente terá que imaginar os limites das dimensões espaciais. Deve-se perceber a altura do céu e além céu, a profundidade da terra e além da terra.

Desta maneira, gradualmente treina-se a mente para descrever o infinito. Como as Sefirot em si mesmas são também infinitas, este exercício pode ajudar a conseguir uma comunhão com elas.

O indivíduo pode então aprender a subir pela Árvore das Sefirot e finalmente aproximar-se das mais elevadas alturas espirituais. Isso se consegue através destas profundidades. Esta escrito: “Um canto de degraus, das profundidades Eu te chamo, ó Deus” (salmos 130:1). Alguém chama a Deus meditando nas profundidades, e então alguém pode subir por uma série de degraus. O salmo recebe então o nome de “canto dos degraus”.

O Mestre Único

Também pode ter lido como “o Mestre é Único”, e uma expressão similar é encontrada abaixo.

Depois de descrever o continuum pentadimensional definido pelas Sefirot, o Sêfer Ietsirá se refere especialmente a Deus como o “Mestre Único”. A palavra hebraica para Único aqui é Yachid, indicando uma completa e absoluta unidade.

A unidade de Deus é absoluta. Ela não é como uma pessoa que consiste de muitas partes. Ela não é nem como o mais simples dos objetos físicos, desde que inclusive tal objeto tenha três dimensões. Dizer que Deus está limitado por dimensões introduziria em si mesmo um elemento de pluralidade em sua essência, e isto está excluído.

Depois de haver definido o continuum de cinco dimensões, alguém poderia errar pensando que Deus é um ser pentadimensional. O Sêfer Ietsirá, portanto, enfatiza neste ponto Sua unidade. O conceito de dimensionalidade não se aplica a Deus, em absoluto.

Deus, Rei fiel

Em hebraico, isto é El Melech Neeman. Tomando as letras iniciais de cada palavra obtém-se a palavra Amén e, de acordo com o Talmud, é esta a frase que define a palavra Amén.

A afirmação de que Deus é “fiel” significa que Ele é acessível unicamente através da fé. O intelecto humano só pode captar conceitos dentro do continuum de cinco dimensões de espaço-tempo-espírito. Deus, o Ser Infinito, entretanto, está alem disso. Ele pode relacionar-se com o universo como “Rei”, mas Ele, em si mesmo, esta acima de nossa capacidade de compreensão mental.
Piramides

Domina Todas Elas

A palavra hebraica para “dominar” aqui é Moshel. Existem dois sinônimos que indicam dominância – Melech e Moshel. Um Melech é um rei que interage com seus súditos e que é, portanto, afetado por eles. Por outra parte, um Moshel é um tirano e ditador, que governa, mas não é influenciado de nenhum modo por seus subordinados.

Deus é algumas vezes chamado Melech, mas isto se refere somente às suas ações através de Malchut (Reino), a mais baixa das Sefirot. O Ser Infinito, entretanto, é realmente, um Moshel, um governante absoluto que não é afetado de nenhuma forma por sua criação. A Escritura diz então:- “Se fores justo, o que darás a Ele? O que Ele receberá de tua mão?” (Jó 35:7). Isto é particularmente verdadeiro na relação de Deus com as Sefirot. Ele não é de nenhum modo afetado ou definido por elas.

Desde sua Santa Habitação

A palavra hebraica para designar “habitação” é Maón. A expressão “Santa Habitação” (Maón Cadosh) ocorre várias vezes na Bíblia. É também usada novamente abaixo.

A palavra Maón é definida pelo verso “Ó Deus, Tu tens sido uma habitação (Maón) para nós”(salmo 90:1). O Midrash o interpreta indicando que “Deus é a habitação do mundo e o mundo não é sua habitação.” Deus é o “lugar” do mundo, definindo o cintinuum estalo-tempo-espírito, enquanto que Ele não é definido por nenhum tipo de continuum. O continuum está contido em Deus, por assim dizer, e Ele não está contido no continuum.

A palavra Maón, está muito relacionada com a palavra Macom, que significa “lugar”. Macom vem da raiz COM, “levantar-se”. Macom denota um lugar no espaço físico, onde alguma coisa pode “levantar-se”. Maón por outro lado, vem da mesma raiz que Oná que significa “tempo” ou “período”. 

Exatamente como Macom define um ponto no espaço, Maón define um ponto no espaço-tempo continuum.

Então, quando o Sêfer Ietsirá diz que Deus domina as Sefirot desde Seu “Santo Maón”, o texto está indicando que Ele é o “lugar” e “habitação” do continuum pentadimensional. Não só Deus circunscreve o universo do espaço, mas também define o tempol e o espírito. É dito ser “Santo”, e como foi discutido acima, a palavra “Santo” (Cadosh) denota separação do mundano. O Ser infinito está separado de todas as Sefirot, e em relação a 
Ele, até mesmo as Sefirot são mundanas.

Até a Eternidade das Eternidades

Em hebraico, isto é Ade Ad e esta expressão ocorre numerosas vezes na Bíblia.

Existem dois sinônimos que denotam eternidade. O primeiro é LeOlam traduzido geralmente como “para sempre”, que indica o ponto final do continuum temporal. Freqüentemente emprega-se a expressão LeOlam VaEd, que significa “para sempre e eternidade”. A expressão “Eternidade” designa aqui o domínio além do empo continuum, onde o conceito de tempo não existe em absoluto.

Em tal domínio atemporal, entretanto, existe ainda um tipo de hipertempo, onde os eventos podem ocorrer em uma seqüencia lógica. O Midrash chama a esse hipertempo, “ordem do tempo” (Seder Zamanim).  A expressão “A Eternidade das Eternidades” (Ade Ad) denota um domínio que está além desse hipertempo.

 
Que a Eterna Luz da Sabedoria Cósmica nos Ilumine Sempre!


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                    MEDITAÇÃO CABALISTICA INFINITO PASSADO
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