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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Com Três Livros


Para esta aula entraremos em contato com o Sefer, Sefar e Sipur além de compreendermos como devemos iniciar a criação de um Golem, uma boa aula a todo buscador sincero que estiver com seu coração animado por aspirações puras...





Antes de entrarmos nos três livros propriamente ditos, vale a pena fazermos uma pequena revisão de nossas aulas até aqui, os pontos mais importantes abordados foram:-

- Os trinta e dois caminhos de sabedoria

- Os três processos de estudos da Cabala à saber...

1- Estudo Teorico

2- Meditação coletiva, “...onde dois ou mais estiverem em meu nome ali estarei...”

3- O mais cobiçado e desejado pela maioria dos estudantes a Magia.
Vale lembrar que a magia propriamente dita só é reservada a alguns poucos iniciados e para atingi-la não se pode negligenciar nenhum dos processos anteriores.

OS TRÊS LIVROS
Mandala Cabalistica


O Sefer Ietsirá começa agora a definir a palavra Sefirá, o termo hebraico para designar as emanações Divinas que formam a base da Criação.

A palavra hebraica para livro, Sefer(Dalet-Pê-Sámech), tem a mesma raiz que a palavra Sefirá (Hê-Dalet-Yod-Pê-Sámech), exceto que a primeira é masculina e a última, feminina.

Estes três livros são mencionados como sendo “texto, número e comunicação”. A palavra hebraica para “texto”, aqui, é Sefer (Dalet-Pê- Sámech), que literalmente significa “livro”. “Numero” é Sefar (Dalet-Pê-Sámech), de onde deriva a palavra “cifra”. “Comunicação” é Sipur (Dalet-Vav-Pê-Yod-Sámech) que, literalmente significa “narração”.
       
Estas três divisões representam, respectivamente, qualidade, quantidade e comunicação. Estas são as letras, os números e a maneira como são usadas.
         
 Os três livros correspondem às três divisões da Criação definidas pelo Sêfer Ietsirá, ou seja, “o Universo, o Ano e a Alma”. Em palavras mais modernas seriam chamados espaço, tempo e espírito. “Universo” refere-se às dimensões do espaço, “ano” ao tempo e “alma” à dimensão espiritual.

Texto (Sefer)                  Mundo(espaço)     Forma das letras
Número (Sefar)              Ano (tempo)         Valor numérico
Comunicação(Sipur) Alma(espírito)                           Pronuncia e nome letras                                                                                                        .                                                                  hebraicas.

Como veremos, o Sêfer Ietsirá fala de um continuum pentadimensional definido pelas Dez Sefirot. As três primeiras são as três dimensões do espaço, a quarta dimensão é o tempo e a quinta é a dimensão espiritual.
         
Dado que as três dimensões espaciais abrangem um único continuum, as três juntas constituem o primeiro “livro”. O tempo é o segundo “livro”, enquanto que a dimensão espiritual é o terceiro.
         
Os três livros definem os três modos em que se pode apresentar o sistema dos 32 caminhos. Em primeiro lugar, pode-se desenhar um diagrama que se represente tal como descritos em um livro. Este é o aspecto de “texto”. É também o aspecto no qual eles aparecem no livro da Torá, no primeiro capítulo do Gênesis.
         
Em segundo lugar, alguém pode expressar as seqüências e distrações numéricas dos caminhos. Assim, por exemplo, como o Sêfer Ietsirá declara (1:2), os 32 caminhos consistem em Dez Sefirot e 22 letras, as quais, por sua vez, dividem-se em três Mães, sete Duplas e doze Elementares. Este é o aspecto do número nos 32 caminhos. Isto está também relacionado à sua afinidade com certas formas geométricas.
         
Finalmente, alguém pode falar do relacionamento entre estes caminhos como transmissores de informações. Este é o nível de “comunicação”. Este estreitamente relacionado com os 32 caminhos, onde estes representam estados de consciência, conforme descritos no Apêndice II.
         
Os três aspectos aparecem de forma mais clara nas letras do alfabeto. Existem três modos primários de interpretar as letras. Em primeiro lugar, existe a forma física das letras tal como são escritas em um livro. Este é o aspecto de “texto” (Sefer), que significa literalmente livro. Em segundo lugar, esta o valor numérico ou Guematria das letras, o que representa o “número”. 

Por último tem-se o som da letra e também o modo como o seu nome é pronunciado, o qual constitui uma “comunicação” ou “narrativa”, conforme demonstra o vídeo abaixo...




        
Texto (Sefer), a forma física da letra, pertence ao continuum do espaço, visto que sua forma só pode ser definida no espaço. Isto é, “Universo”. O número (Sefar) implica sequencia, e esta é a sequencia do tempo, que é o continuum do “Ano”. Finalmente, comunicação (Sipur) aplica-se à mente e está no continuum espiritual, que é a “Alma”.
         
Estas três palavras também definem a palavra Sefirá. Em primeiro lugar, a palavra sefirá compartilha raiz com Séfer, que significa livro. Como um livro, cada Sefirá pode gravar informações. As Sefirot servem então como um banco de memória no domínio do Divino. Uma gravação permanente de tudo que tenha acontecido em toda a Criação é feita nas Sefirot.

Em segundo lugar, a palavra Sefirá compartilha raiz com Sefar, que significa número. E são as Sefirot que introduzem um elemento de número e pluralidade na existência. O Criador, o Ser Infinito, constitui a mais absoluta unidade, e o conceito de número não se aplica a Ele de modo algum. Por isso, falando do Ser Infinito, no Sefer Ietisrá pergunta-se:- “Antes do um, o que conta?”. É somente com a Criação das Sefirot que o conceito de número passa a existir.

Deste modo, todo evento e ação é medido e pesado pelas Sefirot, e a resposta apropriada é concebida e calculada. Assim, usando a analogia de um computador, as Sefirot funcionariam como a unidade processadora no Domínio Divino. Por último a palavra Sefirá compartilha raiz com Sipur, que significa “comunicação” e “narrativa”. As Sefirot são os meios com os quais Deus se comunica com Sua Criação. São também os meios através dos quais o homem se comunica com Deus. Se não fosse pelas Sefirot, Deus, o Ser Infinito, seria absolutamente incognoscível e inatingível. É somente através das Sefirot que Ele pode ser aproximado.
         
É óbvio, e tal como todos os cabalistas advertem, não se deve de modo algum, adorar ou orar às Sefirot. Pode-se, entretanto, usá-las como um canal. Por exemplo, ninguém pensaria em dirigir uma petição ao carteiro, mas o usaria para entregar a mensagem ao rei. Em sentido místico, as Sefirot constituem uma escada ou árvore através da qual se pode “ascender” e aproximar-se do infinito.
         
Por conseguinte, quando o Séfer Ietsirá apresenta aqui as palavras Sefer, Sefar e Sipur, ele esta fazendo isso de forma acidental. Sem dúvida, o livro esta deliberadamente apresentando as raízes que definem o conceito de Sefirot.
         
Os três aspectos “texto, número e comunicação” são a chave dos métodos do Séfer Ietsirá.
         
Se alguém deseja influenciar alguma coisa no universo físico (espaço), deve fazer uso da forma física das letras. Se isto envolve uma técnica meditativa, alguém deveria contemplar as letras apropriadas como se estivessem escritas em um livro. O método consiste em fazer com que cada combinação particular de letras preencha todo o campo de visão, eliminando todos os outros pensamentos da mente.
         
Finalmente se alguém deseja influenciar no domínio espiritual, terá que fazer uso, ou dos sons das letras ou de seus nomes. Esta técnica que descrevemos, é a que se usa para fazer um Golem.
         
A meditação para esta aula será sobre a letra Vav, vale lembrar que ela está relacionada ao Leste, para facilitar o aspecto meditativo encaminho a letra abaixo...


Vav-Hebraico


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                                              M-E-D-I-T-A-Ç-Ã-O

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